Doutorando em Agronomia e integrante do CEVOP participa de pesquisa internacional

Rafael Zebes Zilliani está atuando no único instituto público africano que desenvolve experimentos científicos com cana-de-açúcar21370951_1071081123027844_2089832686535459386_n

Trabalhando com transgênicos e epigenética em cana-de-açúcar para produzir sua tese junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste, o químico e integrante do CEVOP Rafael Rebes Zilliani realiza parte do doutorado na África do Sul. Ele está inserido no African Sugarcane Research Institute (Sasri), participando do grupo de pesquisa que trabalha com transgênicos e cultura de tecidos em cana-de-açúcar que visam a criação de cultivares mais resistentes aos estresses ambientais, possibilitando aumento de produção. Tem atuado diretamente no grupo e auxiliado na condução de experimentos e em análises fisiológicas.

O doutorando conta que a possibilidade do doutorado-sanduíche surgiu quando tomou conhecimento do edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sobre a concessão de bolsas de estudos. Então, providenciou os documentos solicitados, se submeteu à aprovação interna no Programa de Suporte à Pós-graduação de Instituições de Ensino Particular (Prosup) e, posteriormente, obteve a aceitação do órgão vinculado ao Ministério da Educação. Ele comenta que nesse processo foi orientado pelo professor Dr. Fábio Araújo.

A bolsa permitia algumas possibilidades, incluindo países que têm pesquisas baseadas em cana-de-açúcar como Austrália e Estados Unidos, mas optou pela África do Sul pela qualidade em pesquisa no instituto Sasri, pelo crescimento da cultura de grande importância para os sul-africanos e pelo interesse da professora Dra. Sandy Snyman em recebê-lo, na condição de responsável pelo laboratório de biotecnologia e de passar a ser sua supervisora. “Eles possuem estrutura de excelência para desenvolvimento de pesquisas. É um lugar incrível!”, comenta Zilliani que chegou à cidade de Durban no final de julho deste ano e lá permanecerá por um ano.
“Provavelmente eu consiga utilizar dados coletados aqui em minha tese por tratar-se de um projeto paralelo. Tem sido uma experiência incrível por estar imerso em uma cultura totalmente diferente desde a língua, que são muitas, aos costumes do dia a dia, isso com certeza acrescentará muito no meu crescimento pessoal e profissional. Além de ser uma oportunidade ímpar por estar dentro de um instituto de pesquisa de alto nível, podendo aprender novas técnicas, interagir com outras pessoas e também contribuir com meu conhecimento em fisiologia de cana-de-açúcar”, comenta.

Zilliani está morando no próprio instituto, onde convive com pesquisadores de outras nacionalidades, além dos sul-africanos, entre os quais estão portugueses, australianos e franceses, além de frequentes visitas de pesquisadores do mundo todo. O idioma utilizado é o da língua inglesa. Com toda sua formação superior construída na Unoeste, suas palavras são de quem obteve suporte suficiente para participar de pesquisa internacional. “Gostaria de manifestar meu agradecimento por todo o apoio do professor Dr. Luiz Gonzaga Esteves Vieira, meu orientador na Unoeste, que me auxiliou durante todo o processo seletivo, na construção do plano de atividades, na comunicação inicial com a Dra. Sandy e no incondicional incentivo para encarar essa experiência”, pontua.

Natural de Presidente Prudente, Zilliani fez o ensino fundamental no Sesi, o médio na Escola Estadual Monsenhor Sarrion e o técnico em Análises Químicas e Industriais no Senai. Tem dupla graduação na Unoeste, em Produção Sucroalcooleira e Química, o Mestrado em Agronomia onde desenvolveu sua dissertação no CEVOP sob orientação do Dr. Gustavo Maia Souza e estudo sobre a aplicação de reguladores vegetais em cana-de-açúcar. Agora, no doutorado e na mesma linha de produção vegetal, trabalha com transgênicos e epigenética em cana-de-açúcar. Filho de Sergio Zilliani e Roseli Rebes; tem um único irmão: Victor, que faz Agronomia na Unoeste. Pouco antes de seguir para a África do Sul, casou-se com a oficial da Polícia Militar Isamara Lopes.

Editado de: http://www.unoeste.br/Noticias/2017/9/doutorando-em-agronomia-participa-de-pesquisa-internacional