CONHEÇA OS HERÓIS DA VIDA REAL

Atender ocorrências, salvar vidas, realizar partos: é assim a rotina do Corpo de Bombeiros, 24 horas por dia

Por: Edivan Santos, Karina Fonseca, Yvo Hiroyuki, Zenilda Cândido e Fernanda Monteiro

Eles arriscam a própria vida para salvar outras tantas. Encaram água ou fogo e lutam pelo desconhecido até o ultimo instante. Uma profissão de herói, mas que não tem nada a ver com as histórias em quadrinhos, pois estes são heróis da vida real. Basta apenas um chamado, a equipe é mobilizada e lá vão eles, em defesa da vida.

“O corpo de bombeiro está sempre em atividade, só para, quando toca o sino”, conta o tenente Fernando Gomes Calógeros, 39, do Corpo de Bombeiro de Presidente Prudente.

São 24 horas por dia, sete dias por semana, 12 meses por ano, que o Corpo de Bombeiros faz muito mais do que apagar incêndios. O trabalho é muito abrangente. “Atendemos desde incêndios que podem levar horas ou dias, mas também temos os acidentes de carros, alguns com muita gravidade, e outros não, e também o resgate que é o que atendemos diariamente”, afirma.

A equipe toda entra em ação ao ouvir o disparar do alarme, são situações diversas. Encontram casos que fogem completamente do dia a dia, como foi no caso da ocorrência atendida em uma terça-feira, 11 de setembro de 2012.

Uma ocorrência, e muita emoção

A jovem Jaqueline Cristina da Silva, na época com 26 anos de idade, que estava gravida e com o parto marcado para o dia seguinte, acabou tendo sua filha dentro do banheiro da Escola Municipal Ditão, no bairro Cohab, em Presidente Prudente, depois de sentir contrações. Naquele dia, Jaqueline pediu às funcionárias da escola para usar o banheiro e foi surpreendida quando a bolsa estourou, e então entrou em trabalho de parto. Os bombeiros foram acionados.

O parto marcou a manhã do Corpo de Bombeiros. Um dos sargentos conta que além da emoção, foi necessário ter muita calma para que tudo fosse feito com muito cuidado: “Na hora que chegamos ao banheiro da escola, vimos a senhora no vaso, já entrando em trabalho de parto, e tivemos que agir bem rápido, pois a nossa preocupação era que a criança caísse no vaso, na hora a gente  fica meio anestesiado e acaba trabalhando tecnicamente”, relatou o sargento Rodrigo.

“Depois que a gente viu que deu tudo certo, e que a criança nasceu, é lógico que a emoção vem à flor da pele, nós ficamos bem emocionados, no momento a gente tenta desligar a emoção para trabalhar o mais tecnicamente possível, porém é inevitável que a emoção venha, foi muito emocionante”.

 

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