Espaços acolhedores e atmosfera “instagramável” atraem estudantes e transformam o café em experiência completa
Ana Clara Magro e Maria Clara Catuchi
03/10/2025, às 17h40

Seja para aproveitar um momento a sós ou marcar um encontro com os amigos, o ambiente é uma das prioridades dos estudantes na hora de escolher um local. E, nesse cenário, as cafeterias têm se mostrado excelentes opções para atender aos mais diferentes perfis.
Com propostas variadas, muitas delas em Presidente Prudente se tornaram queridas pelo público jovem, por serem estabelecimentos que unem boas bebidas, decoração charmosa para fazer uma boa “sessão de fotos” e aquele clima perfeito para estudar, conversar ou simplesmente desacelerar.
Após passear por algumas dessas cafeterias, a produção desta matéria convida você, leitor, a conhecer um pouco mais das favoritas da galera da Escola de Comunicação e ainda deixa dicas de horários, cantinhos e pedidos para aproveitar melhor cada visita.
Um pedaço de Paris na cidade
O aroma de croissants no ar, a trilha sonora suave e o sorriso das atendentes. Entrar na Artê Confeitaria é esquecer que se está no interior paulista e ser transportado direto para um café parisiense. “A Artê passa uma experiência muito além da gastronomia. Tanto a vibe do lugar, que te faz sentir como se estivesse fora de Prudente, quanto a questão do atendimento. É um local em que você pode facilmente passar horas, porque tem uma estrutura para te acolher”, é como Maria Clara Mesquita, aluna do 6º termo de Publicidade e Propaganda, sente-se ao frequentar o espaço.

A ideia de trazer um toque europeu à cidade veio de André Schwenk, fundador e chef da casa, que sonhava em abrir uma autêntica padaria francesa. Formado pela renomada escola Le Cordon Bleu Paris, referência mundial em culinária e hospitalidade, ele e seus colegas de profissão abriram a Manú Bakery em 2019. Após encerrarem a panificação para tornar a Manú um restaurante, André e a esposa Betina Varotto decidiram abrir a Artê em 2023, com foco em pães de fermentação natural e doces artesanais.
Para dar forma à nova proposta, o time contou com Luana Coradetti, a primeira cozinheira contratada da Manú Bakery, que hoje atua como gerente administrativa da Artê. Ela revela que os ambientes foram criados para acolher cada cliente do seu jeito, em qualquer momento. O segundo andar é o destaque, com mesas aconchegantes e sofás que convidam a estender a estadia, é o ideal para quem busca trocar ideias com amigos e familiares. “Mas se você veio sozinho, quer conhecer o ambiente e conhecer o cardápio, eu indico sentar lá embaixo. As meninas sempre estão dispostas a conversar, indicar e dar essa atenção especial”, complementa.

#DicadaMaria
“Eu recomendaria experimentar todos os folheados de lá, mas principalmente o Pain au Chocolat, é uma delícia”.
Au revoir, Paris. Hello, Califórnia
Logo na entrada, a Urban Café entrega o que promete no nome: um espaço contemporâneo, cheio de identidade, que abraça o visitante com cheiros, luz natural e um design pensado para fazer o tempo correr mais devagar. Segundo o supervisor Jefferson Lima, a clientela jovem e universitária “adotou o lugar como ponto de encontro, seja para estudar, conversar, alinhar um trabalho em grupo ou simplesmente tirar uma boa foto dos pratos para postar depois”.

A proposta nasceu de um sonho do casal Bruno e Débora Tanimoto Basso, que começou num intercâmbio em São Francisco, nos EUA, e desembarcou em Presidente Prudente em 2019. De lá pra cá, a marca consolidou o delivery, ganhou uma unidade-irmã em Osvaldo Cruz e, aos cinco anos, passou por reforma para reforçar a “cara mais descolada, mais moderna, mais jovem”.
Para Lívia Breda, também aluna do 6° termo de Publicidade, o encanto começa pelo sensorial e pela rotina que o lugar inspira. “O cheiro é sempre acolhedor e a decoração cria um ambiente que faz a gente querer ficar mais tempo”. Entre uma manhã produtiva após a caminhada no Parque do Povo e uma tarde de encontro com as amigas, ela define o Urban como “aconchegante, moderno e inspirador”, um espaço que serve tanto para conversar quanto para ler sozinha ou até para fazer reuniões de trabalho.
Lívia e Maria Clara, frequentadora da Artê, são amigas, se conheceram na faculdade e, desde então, transformaram um hábito em ritual: ir juntas a cafeterias. Entre trabalhos e pausas no dia a dia, elas aproveitam para explorar novos cardápios, comparar ambientes e colocar a conversa em dia.

Outro ponto que fideliza, segundo Lívia, é o atendimento aliado à praticidade. O cardápio digital, com pedidos que chegam direto à mesa, “torna a experiência muito prática e diferente de outros lugares”. Ela gosta de sentar nas mesinhas com sofás, perto da janela, de onde dá para apreciar a vista do Parque do Povo, e garante que sai “mais feliz e tranquila” depois da visita.
Na cozinha, o menu se adapta às estações do ano e traz pratos exclusivos, mas os queridinhos dos clientes se mantêm. “Os ovos cremosos com bacon viraram febre”, diz Jefferson. Também fazem sucesso o pão na chapa casadinho (metade com requeijão selado e crostinha crocante, metade com creme de avelã e cacau) e o misto bacon. Nas xícaras, o cappuccino gelado e o cappuccino da casa são os mais pedidos.

#DicadaLívia
“Peça a panqueca de leite ninho com morango! É muito boa, não é tão doce a ponto de ser enjoativa, é bem servida e perfeita para compartilhar, já que é grande demais para uma pessoa só.”
Do design gringo à nostalgia do café da tarde brasileiro
Depois de passear pela vibe californiana, a produção dessa matéria chegou a Casa Marbô, que nasceu do desejo de recriar, em plena cidade, o aconchego das lembranças de família. Marcella Bozolan, formada em Gastronomia pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), conta que a comida é relação afetiva em sua casa e foi essa memória de cafés da tarde, receitas caseiras e objetos com história que guiou o projeto.

Ela e a família vieram de Londrina para Prudente e começaram a Casa Marbô em um imóvel residencial, onde o quintal era o protagonista; em 2023, mudaram para a casa atual e a reformaram para ampliar ambientes e acolher melhor o público.
O espaço é todo garimpado: mesas, sofás, armários e até uma televisão antiga vieram de antiquários ou de clientes que presentearam a cafeteria com peças de afeto. “Não tivemos arquiteto, foi criatividade mesmo”, diz Marcella. As histórias estão por toda parte, do banheiro decorado com bolsas à parede de pratos herdados de tias e da mãe. “Quando o cliente pergunta, a gente conta as histórias… Tem coisa que não vendemos, porque tem muita história por trás. É exclusivo.”

Para Jonathan Monari, aluno do 4° termo de Publicidade e cliente assíduo da Casa Marbô, o primeiro impacto é o ambiente. “A decoração e a forma como você é recebido” definem o tom de uma experiência que ele chama de combo completo. O mood da Marbô, para ele, é “aconchego de fim de tarde”, aquela sensação de dever cumprido que pede recompensa.
Jonathan já foi com amigos para rir e fotografar, já estudou sozinho no canto mais silencioso antes de provas e também escolheu a casa para “se presentear” após semanas puxadas. O jardim é seu canto favorito. “Perto das plantas, na natureza, respirando ar puro… é inigualável tomar um café num espaço bonito assim”, destaca.
“A imagem mostra uma parte, mas não dá o aroma, a música, o som dos pássaros”, por isso, Jonathan recomenda viver cada detalhe, circular entre os ambientes e ficar horas relaxando.

#DicadoJonathan
“Pra mim, o combo perfeito é vir na Casa Marbô pra estudar, sentar perto das plantas, pedir um suco de laranja, que é maravilhoso, um croissant e um prato doce, de preferência a torta de cereja.”




