Entidades e sociedade civil enfrentam desafios do voluntariado na pandemia

Heloísa Lupatini, Jady Alves, Matheus Santiago e Vinícius Coimbra

Podemos conceituar solidariedade como uma ação bem-intencionada ou um ato generoso, entretanto, é importante ressaltar que a prestação de ajuda não é o suficiente, já que o que conta de verdade, é o compromisso com as pessoas que recebem tais amparos.

Em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), várias pessoas perderam os empregos, além de toda e qualquer fonte de renda que sustentava as famílias. A partir disso, foi necessário que mais pessoas se juntassem e passassem a colocar a solidariedade em prática.

Para ajudar aqueles que necessitam, pessoas se mobilizam. É isso o que ocorre na Federação das Entidades Assistenciais de Presidente Prudente (FEAPP). A organização busca prestar assessoria e mentoria, além de, arrecadar fundos e donativos  para as 31 entidades filiadas e aproximadamente 15.000 pessoas atendidas diretamente pelas instituições.

Durante os últimos meses, a federação tem promovido algumas ações, como dois drive-thrus solidários, que arrecadaram mais de 1.100 cestas básicas, e a entrega de mais de 4.000 marmitas pela cidade, por oito finais de semana, em parceria com o programa “Anjos da Unoeste”, ligado a Universidade do Oeste Paulista. Além das ações, a organização também viabilizou a distribuição de doações feitas por algumas empresas.

Porém, de acordo com o presidente da Feapp, Leandro Pires, as doações caíram por conta da pandemia e as entidades enfrentam algumas dificuldades “ O x da questão é que, muitas vezes, os atendidos vão aos projetos para se alimentarem e as entidades precisaram voltar o olhar também para a família, pois, já que não tem projeto, eles estavam passando fome em casa”, conclui.

VOLUNTARIADO

Muitas pessoas são envolvidas com o voluntariado, assim como a jornalista Dani Lourenção, que é voluntária há quase 30 anos. Ela conta que sempre foi muito complicado fazer com que as pessoas entendam que boas ações são opções, mas que hoje ela sabe lidar com a ingratidão, desconfiança e com o não.

“Quando reporto a entrega de quem doou para quem realmente precisa, muitas pessoas são atingidas com uma energia positiva e isso que ajuda me manter”, relata a jornalista.

Por conta do período pandêmico em que estamos vivendo, Dani afirma que houve uma intensificação no atendimento do projeto gestação, com mulheres que engravidaram na pandemia e não têm condições. Além disso, também estão sendo feitas entregas de marmitas a cada 15 dias para necessitados e desempregados, e doações de cestas básicas para famílias em extrema pobreza.

Promovendo ações em Presidente Prudente e região, e com a multiplicação do voluntariado, a jornalista diz que ela recebe, em média, de três a sete pedidos de ajuda em um dia. “Não tivemos um só dia de parada, não tivemos quarentena. Todos os dias atendemos famílias, buscamos, fazemos triagens e entregamos doações”, finaliza.

Quando questionada sobre a importância do ato voluntário para ela, Dani comenta que é a chance dela agradecer tudo o que tem. Além disso, a mulher ainda ressalta “Hoje tenho convicção de que não é apenas a entrega da cesta básica que ajuda, é a informação, educação, reestruturação”.

Com três obras em andamento e quase nada de doações, a voluntária se coloca à disposição para todos que desejarem conhecer o trabalho voluntário, com respeito e propósito.

Você pode contribuir ou solicitar ajuda por meio do site trocoelogiopordoacao.com.br, também pelo perfil do Instagram @danilourencao1, ou ainda via WhatsApp (18) 99731-1631.

 

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