Linfoma é maligno, mas tem cura!

Todo dia 15 de setembro é dedicado a conscientização do linfoma. Mais de 200 países desenvolvem campanhas educativas para falar sobre a importância do diagnóstico, sintomas e tratamento da doença.

O linfoma é um câncer silencioso e não muito conhecido pela sociedade. Segundo o médico oncologista, Cézar Coimbra, “linfoma é um tumor nos gânglios, o que relacionamos ao nome de ínguas, que começa e se espalha nesses gânglios, e pode ir ao corpo.”

Essa doença é mais frequente em pessoas denominadas “adulto-jovens”, na faixa etária de 20 a 40 anos de idade. Não tem uma causa específica nem fator que a promova como álcool ou fumo.

Por ser uma doença maligna e não ter formas de prevenção, o médico indica que se faça um check up (avaliação médica de rotina associada a exames específicos) para cuidar da saúde. Foi o que Sueli fez. Através de uma mamografia de rotina, ela descobriu a doença.

Foto: Nathalia Moura

Sueli esta curada a um ano e cinco meses e agora ajuda a outras pessoas que passam pelo tratamento

Ela conta que a descoberta a deixou muito assustada, mas o apoio de amigos, família e vizinhos foi de grande importância para continuar, além do amor pela vida. “Tem que gostar de viver e não se entregar”.

Recuperada e fora de perigo, Sueli ainda diz que continua no tratamento. “Ainda tomo os medicamentos para não ter risco de voltar. Estou com um ano e sete meses, ainda faltam quatro anos e três meses”.

Apoio

Uma outra forma de ajuda que recebeu foi por meio das visitas realizadas no hospital, organizadas pelo grupo Amigas do Peito, que é formado por mulheres que buscam melhorar a qualidade de vida de quem recebe o diagnóstico com o câncer.

Nessas visitas, Sueli recebeu palavra de incentivo e apoio durante todo o processo. “Hoje a medicina está muito adiantada, e só não tem cura se abandonar, largar e se entregar”, comenta.

Para a integrante do grupo, Jandira Aurélio, 66, esse momento de visitas e apoio é muito importante, pois faz a paciente se sentir cuidada e inserida na família. “A nossa contribuição vem pelas palavras, os ensinamentos, as palestras. Damos muita informação para que ela possa enfrentar com mais facilidade, de uma forma mais leve, o trauma da doença, do diagnóstico e do tratamento, além disso, orientamos a procurarem recursos da comunidade para superar o todas as etapas do tratamento”.

Foto: Nathalia Moura

Jandira é uma das coordenadoras do grupo Amigas do Peito que apoia as pacientes durante a trajetória de tratamento e recuperação

Hoje, Sueli é multiplicadora do atendimento que recebeu. “Hoje dou forças para as minhas amigas que descobriram e estão no começo. Uma prima minha descobriu e me ligou, conversei e dei muita força emocional a ela, pois tem cura é só irmos atrás”.

Tratamento

Apesar de ser uma doença silenciosa e maligna, ela responde positivamente ao tratamento. “A grande vantagem, entre aspas, é que são doenças de cura, em média 70% dos pacientes têm chance de cura”, afirma o oncologista Cézar Coimbra.

O tratamento pode ser realizado por meio de quimioterapia ou radioterapia, isso pode variar do tipo de doença e de sua extensão. Vale ressaltar que o diagnóstico é de grande importância e fundamental para a resposta positiva ao tratamento.

Foto: Nathalia Moura

O médico Cezar Coimbra enfatiza que quanto mais cedo a descoberta do câncer mais chances de cura

Coimbra ainda alerta que se você percebeu alguma coisa estranha no seu corpo é importante ver o que é. “Na maioria das vezes não é nada, é um processo inflamatório, e que uma hora vai sumir, mas deve se manter atento”.

O médico diz que é fundamental que se tenha um dia para falar sobre a doença. “É importante ter um dia que aborde sobre o linfoma para as pessoas terem uma noção do que ela é e como se prevenir”.

 

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