Beco já tirou mais de 150 animais das ruas de Prudente

Por Ana Flávia Corrêa Martin e Ingrid Tomimitsu

 

A Associação Beco da Esperança em três anos de existência, em Presidente Prudente, já tirou mais de 150 cães das ruas. O Beco é uma associação, sem fins lucrativos, com CNPJ próprio, formado por um grupo de pessoas que visam o bem- estar e a defesa da causa animal.

Segundo a voluntária Luciana Tinti Herbella, o Beco surgiu da união da vontade de duas pessoas em fazer algo diferente. Ela e a vice- presidente, Gisela Sapede Rodrigues, sempre gostaram de animais, o que as motivou fazer o resgate deles através de uma associação legalizada.

O beco revela ter um cuidado especial aos animais resgatados, com a finalidade de garantir uma boa qualidade de vida. O projeto além de tirar os caninos das ruas, fornece castração, alimentação, cuidados médicos e doação.

“O nosso projeto sempre foi tratar os animais abandonados, do mesmo jeito que a gente trata os nossos animais de casa. Não é porque é animal de rua que eles merecem um tratamento pior”, explica Luciana.

Por não possuir um abrigo com separação entre cães e gatos, a associação só resgata cães, porém, o Beco não deixa de atender aos pedidos de cuidado com os felinos.  “A gente ajuda na castração e a gente ajuda com ração”, esclarece Luciana.

O resgate ocorre através das redes sociais, por pedidos de pessoas preocupadas com o abandono e a saúde dos animais de rua. “Não passamos um dia sem ter pedido de ajuda”.

O Beco da Esperança não possui um abrigo fixo para os resgatados, e conta com a ajuda voluntária de uma chácara que garante estadia de até 40 animais, além da casa cedida pela amiga de Luciana. “A dificuldade maior é o local para eles ficarem”, pontua. “Se a gente não tem onde colocar, como que a gente vai resgatar?”

“Hoje a gente não poderia resgatar nada, e mesmo assim nós estamos com 10 animais na clínica veterinária”, pontua Luciana.

Obstáculos

Um dos problemas enfrentados pela Associação é a pouca quantidade de voluntários pertencentes ao projeto. Atualmente, o Beco conta com praticamente 10 voluntários. Ademais, a falta de ajuda financeira fixa dificulta a compra de alimentos e medicamentos.

Para conseguir manter esse trabalho voluntário, Luciana conta que, muitas vezes, o dinheiro é doado pelos colaboradores que estão dispostos a garantir que os cães não passem por nenhuma dificuldade. “A gente tira bastante dinheiro do próprio bolso”.

O Beco também realiza todos os meses, um bazar de roupas com objetivo de levantar verba para a associação. “A maior renda do Beco é esse bazar que ajuda para comprarmos toda a ração”, pontua Luciana. Além disso, a associação possui uma conta bancária, e pode ser ajudado com o depósito de qualquer valor.

Luciana ressalta a importância desse trabalho social para a cidade: “Prudente não tem uma política pública para fazer isso”. “Só o Beco que faz esse tipo de trabalho de resgatar, de ficar com eles, de abrigar e de fazer o trabalho do começo ao fim”, conclui.

Deixe uma resposta

Fechar Menu