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Manual de boas práticas de manejo do algodoeiro em Mato Grosso – Safra 2019/20

O IMAmt em parceria com pesquisadores e consultores de diversas instituições publicou a quarta edição do Manual de boas práticas de manejo do algodoeiro em Mato Grosso, o qual contou com a colaboração do Prof. Dr. Fábio Rafael Echer e da egressa do mestrado em Agronomia da Unoeste Patrícia Rafaella de Mello em colaboração com o Dr. Juan Pierro Raphael e Dr. Ciro Antonio Rosolem da Unesp. O novo manual pode ser baixado aqui.

 

Algodão tem aumento de área e de produção no oeste paulista

Algodão tem aumento de área e de produção no oeste paulista

No ano passado a região de Presidente Prudente, no oeste paulista, ficou em 3º lugar do estado na produção de algodão, de acordo com o Instituto Economia Agrícola (IEA). Em área plantada, de 2018 para 2019 teve aumento de 114%, saltando de 826 para 1.768 hectares. No mesmo período, a produção cresceu 122%, indo de 120 mil para 267 mil toneladas. O 1º lugar é de Paranapanema, na região de Avaré; e o 2º de Riolândia, na região de Votuporanga.

Na safra atual, cujos números ainda não são conhecidos, a condição climática favorável na região de Prudente, junto com a época de plantio adequada e as variedades mais adaptadas para a região, os produtores conseguiram uma lavoura com potencial produtivo muito bom; conforme o pesquisador vinculado à Unoeste, Dr. Fábio Rafael Echer.

A produção de pesquisa na Unoeste tem contribuído com esse avanço. Experimentos importantes para produção de algodão tiveram a colheita finalizada e os resultados científicos serão conhecidos até o final de maio ou começo de junho, conforme o pesquisador. São 13 novos estudos para analisar desempenho produtivo e qualitativo de diferentes variedades. Na fazenda experimental da universidade, em Presidente Bernardes, foram 11 experimentos e outros dois no município de Paranapanema.

As pesquisas envolvem alunos da graduação inseridos em iniciação científica e do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu de Agronomia em suas produções de dissertações e teses, respectivamente no mestrado e doutorado. Os envolvidos integram o Grupo de Estudos do Algodão (GEA), apoiado pela Associação Paulista de Produtores de Algodão (Appa) e com aporte, através de bolsas para alguns, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Os principais experimentos que a gente trabalha são o desempenho produtivo e qualitativo de variedades. A gente faz todos os anos. Conforme vão surgindo novas variedades, a gente vai testando e repassa informações aos produtores sobre as que têm o melhor desempenho”, conta Echer, líder do GEA e professor na graduação, mestrado e doutorado.  Também diz sobre outros experimentos, que são sobre a época de plantio de diferentes variedades e em diversas situações.

Como o produtor às vezes não consegue plantar na melhor época, por não chover e por não ter irrigação, então estudos são feitos para atender a disponibilidade de plantio em outra época. “A gente consegue posicionar quais são as melhores variedades para essa outra época ou, em algumas situações, não recomendar o plantio”, comenta o pesquisador, que também é vice-coordenador do programa na Unoeste, a primeira universidade particular do Brasil a ofertar mestrado e doutorado em Agronomia.

Também são realizados experimentos sobre doses de fertilizantes, especialmente de nitrogênio: o principal limitante de produtividade por conta de que o solo arenoso tem baixa reserva de matéria orgânica e, em consequência, menor disponibilidade de nitrogênio para a planta. “Dessa maneira, é preciso uma adubação com bastante nitrogênio. A gente trabalha o manejo desse nitrogênio com relação às doses, ao sistema de produção adotado”, conta Echer.

Em relação à adoção, explica que “às vezes o produtor tem o pasto degradado e vai plantar algodão; às vezes plantou soja ou alguma outra leguminosa que, nessa situação de ser uma gramínea antes do algodão, muda a resposta à dose de nitrogênio a ser aplicada depois”. Os experimentos são nos sistemas de plantio direto e convencional, procurando soluções dentro de cada condição de manejo possível de ser adotado no oeste paulista ou em outra localidade estudada, como é o caso de Paranapanema.

Ao final das pesquisas, os resultados são levados aos produtores.  Além disso, o tempo todo produtores podem contar com o apoio técnico-científico da universidade, como acontece em Martinópolis, na propriedade da família Cordeiro, que tem cultivado e nos últimos cinco anos tem se beneficiado do algodão na própria fazenda. O produtor Lucas Carneiro Cordeiro diz que a safra deste ano foi boa, mas encontrou problemas de venda do produto devido às indústrias fechadas por causa da pandemia do coronavírus.

Fonte: https://www.unoeste.br/Noticias/2020/4/algodao-tem-aumento-de-area-e-de-producao-no-oeste-paulista
http://imparcial.com.br/noticias/algodao-em-alta-na-regiao,34539

Projeto da UNOESTE/GEA apoiado pela APPA é apresentado no ASA Meeting do Texas

Paranapanema (SP) – O projeto de iniciação cientifica do estudante de agronomia da Unoeste Leonardo Vesco Galdi, um dos cinco apoiados pela Associação Paulista de Produtores de Algodão (APPA) na última safra de 2018/2019, foi apresentando na última semana na ASA Meeting – evento promovido pela ‘American Society of Agronomy’ -, em San Antonio, no estado americano do Texas.

Sob a orientação do Grupo de Estudos do Algodão (GEA), que é liderado pelo Dr. Fábio Rafael Echer, vice-coordenador do programa de mestrado e doutorado da Unoeste, os trabalhos foram conduzidos por Leonardo Galdi em Campos de Holambra, município de Paranapanema (SP), tendo como eixo-temático o mapeamento da produção, produtividade e qualidade de cultivares de algodão em resposta ao nitrogênio e à densidade de plantas.

Resultados

Os estudos versam sobre a aplicação de nitrogênio em plantas de duas variedades: uma precoce (FM 906GLT) e uma média-precoce (FM 954GLT). Basicamente, o estudo observou que variedades precoces demandam menos aplicação de nitrogênio, o que na prática pode impactar na redução dos custos com aplicação de fertilizantes, além de alcançar produtividade máxima com menos população de plantas.

Já na variedade tardia ou média-precoce (FM 954GLT), segundo as tabulações dos estudos, concluiu-se que a demanda pela aplicação de nitrogênio é maior, no entanto, possibilita a colocação de mais plantas por metro quadrado em relação a variedade precoce (FM 906GLT). Ambos os resultados estão sendo divulgados por Leonardo Galdi, mais especificamente nos Estados Unidos, vez que desde 16 de junho ele faz estágio no campus de Tifton, na Universidade da Georgia.

Da Assessoria de Comunicação | APPA

Edital de seleção de bolsa de iniciação científica

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNOESTE torna público o presente Edital de abertura de inscrições, visando à seleção de candidatos à 1 (uma) bolsa de iniciação científica para atuação junto ao Grupo de Estudos do Algodão na linha de pesquisa – Nutrição e adubação do algodoeiro, sob supervisão do Prof. Dr. Fábio Rafael Echer, para o período de 05 de dezembro de 2019 a 05 de novembro de 2020.

Inscrições de 05/11/2019 a 20/11/2019.

A vigência do projeto será de Dezembro/19 a Novembro/2020 e o valor mensal da bolsa será de R$500,00.

Informações e inscrições em: http://www.unoeste.br/content/documentos/2019/Edital-Bolsa-GEA.pdf

Bolsa Fapesp evidencia a produção científica em agronomia

O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia comemora a obtenção de nova bolsa de mestrado junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A 1ª foi de Vinicius José de Souza Peres (2017). Esta nova conquista, fruto da produção científica de qualidade na Unoeste, envolve outra vez o Dr. Fábio Rafael Echer, agora em orientação a Carlos Felipe dos Santos Cordeiro, recém-formado engenheiro agrônomo.

A importância dessa vitória transcende o âmbito institucional por ampliar a visibilidade do programa e da universidade na comunidade científica paulista e brasileira, empenhada no desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação; neste caso em especial no segmento das ciências agrárias. Echer afirma que a qualidade do projeto obteve aprovação imediata, já na primeira avaliação.

O orientador destaca o empenho do seu aluno e a disposição em aproveitar as oportunidades oferecidas a todos, desde o ingresso no curso de graduação. A obtenção da bolsa, concedida por uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país, ratifica a condição de Cordeiro como estudante modelo e mostra mais uma trajetória bem sucedida na Unoeste.

Bom desempenho nos estudos, iniciações científicas com experimentos a campo, envolvimento no Grupo de Estudos do Algodão (GEA), participação em congressos e estágio no Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) da Argentina, com o Dr. Marcelo Javier Paytas, são condições que levaram Cordeiro a ser aprovado em dois processos de seleção como aluno regular de mestrado.

Antes de obter aprovação da bolsa Fapesp, havia passado no processo seletivo para fazer mestrado na Unesp em Botucatu, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Porém, sua escolha foi a Unoeste por permitir dar sequência à linha de pesquisa na qual já vinha atuando e pelo fato de a bolsa Fapesp estar entre as melhores da América Latina.

“Em termos de estrutura e de qualidade, as duas instituições [Unoeste e Unesp] estão em equilíbrio”, avalia Cordeiro que é filho de agropecuarista em Rancharia, onde fez o ensino técnico agropecuário e depois trabalhou um ano na Cooperativa Casul, tendo ingressado na Unoeste em 2015, coincidentemente o mesmo ano em que Echer ingressava na instituição.

A disponibilidade do professor e o interesse do aluno se juntaram logo de cara, de tal forma que Cordeiro aderiu à proposta de iniciação científica, aberta para todos, e já no final do primeiro ano estava envolvido com o primeiro de seis experimentos agrícolas realizados durante três anos na Fazenda Experimental, sobre o manejo de adubação nitrogenada em lavoura de soja.

O projeto da bolsa Fapesp tem o título “Manejo da adubação nitrogenada no algodoeiro cultivado em sistemas de rotação de culturas”. Proposta que tem pertinência a outros experimentos já realizados, com resultados interessantes, os quais Echer tem conduzido desde 2015, alternando os cultivos de soja e algodão, no verão; milho, sorgo e “adubos verdes”, no inverno.

Para abril deste ano está prevista mais uma colheita de algodão, dando continuidade à avaliação de comportamentos químicos, biológicos e físicos do solo; sendo que os sistemas sustentáveis e o consórcio de plantas estão relacionados à microbiologia do solo e à produtividade das culturas. “Agora, particularmente neste ano, vamos dar foco em avaliar a dinâmica do nitrogênio”, anuncia Echer.

Conforme Cordeiro, o estudo vinculado ao projeto irá buscar, mediante três alternativas, um sistema de semeadura direta que mais se adeque a produção para o algodoeiro. Uma delas é o cultivo de leguminosa em consórcio com gramíneas para fixar a aumentar o teor de nitrogênio. Outra opção é aumentar a dose de nitrogênio mineral, embora essa condição aumente o custo de produção.

Mais uma possibilidade está em usar fontes de nitrogênio com maior eficiência, tecnologicamente desenvolvidas e classificadas com adubos de liberação controlada. São alternativas em relação às limitações à baixa reserva de nitrogênio, em solos arenosos, deixadas pelas gramíneas, as plantas mais utilizadas no Brasil em sistemas de semeadura direta.

Cordeiro está empenhado em construir carreira acadêmica, algo que nem imaginava quando ingressou na Unoeste. Sua expectativa era voltar a trabalhar em cooperativa, mas ao se envolver em iniciação científica, inclusive com bolsa Fapesp, tomou gosto pela pesquisa. Echer comenta que pesquisar exige muito trabalho e seu orientado tem atuado com afinco, levantando de madrugada, colhendo dados, produzindo relatórios…

Para o Dr. Carlos Sérgio Tiritan, coordenador da graduação e do programa que oferece mestrado e doutorado, do qual Echer é vice-coordenador, a bolsa Fapesp é uma conquista que proporciona ao beneficiado dedicação à pesquisa em tempo integral e que serve de incentivo para outros alunos e professores pesquisadores buscarem recursos junto às agências de fomento à produção de ciência, de tecnologia e de inovação.

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, entende que a importância da obtenção de mais uma bolsa Fapesp está na qualidade da produção de pesquisas desenvolvidas pela comunidade científica da Unoeste e  que isso fortalece a projeção do trabalho dos pesquisadores em níveis estadual e federal.

Grupo de Estudos – Na condição de líder do GEA, Echer anuncia a realização de processo seletivo para receber novos alunos de graduação e pós-graduação. Os interessados devem entrar em contato pelo site.

Produção de algodão está entre as mais rentáveis do Brasil

“O mercado do algodão tem cenário muito bom. Enquanto a soja e o milho, principais concorrentes da cultura no Brasil e no mundo estão com valores não tão atrativos, os preços do algodão apresentam uma tendência melhor. Para a próxima safra (2018/2019), a área de produção no Brasil será mantida, já que a cotonicultura é uma das mais rentáveis que se tem hoje”. Essa análise econômica provém do Dr. Lucilio Rogerio Aparecido Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
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