Mamaço conscientiza 160 pessoas sobre a importância do aleitamento materno

Por Milene Gimenez

Como esse mês é considerado o do incentivo a amamentação, “Agosto Dourado”, o grupo Gesta Prudente que busca apoiar a gestação, parto normal e a maternidade realizou junto a outros colaboradores, a 3ª Hora Do Mamaço, um evento que ocorreu na tarde de domingo (25), no Parque do Povo.

O evento foi gratuito e aberto ao público. A comemoração contou com atividades lúdicas para bebês, aula de yoga para gestantes com o professor Gustavo Canto, cadastro de doadores pelo banco de leite, palestra com a pediatra Patrícia Santana, plantão de dúvidas, picnic coletivo e sorteio de brindes.

A hora do mamaço é um evento que já ocorre por várias cidades do Brasil, o grupo Gesta aderiu a ideia e realizaram, em Prudente, o primeiro evento em agosto de 2016. A iniciativa tem como objetivo empoderar mães e pais e incentivar o aleitamento materno, promovendo a oportunidade de aprendizado e interação.

Mayla Goulart, 31, foi uma das mães presente no encontro, ela compartilhou um pouco de sua difícil experiência com a amamentação. Mayla explica que amamentar não é só colocar a boca do bebê no peito, é exigido técnica, preparo e principalmente apoio. “Eu tive a sorte de ter bons profissionais ao meu lado, receber informação de qualidade, mas muitas mulheres não tem. O mamaço foi importante para isso, para levar informação e apoio”.

Alline Matricardi, coordenadora do Gesta Prudente, explica que a média de aleitamento da criança brasileira hoje no nosso país é 54 dias, sendo que a organização da saúde recomenda que o bebê esteja em aleitamento exclusivo até o sexto mês (apenas o leite materno) e que continue até dois anos de idade ou mais. “O nosso país tem uma realidade muito triste em relação ao aleitamento. A importância (evento) é que a gente possa conscientizar mães, pais e as famílias que influenciam demais no quesito amamentação, para que a gente possa melhorar esse índice de aleitamento no nosso país”

Alline ainda reforça que é preciso lembrar que a amamentação é um evento fisiológico. “Nós mulheres temos um corpo que foi equipado para quando o bebê vir ao mundo a gente possa amamentar, nutrir, fazer crescer e sustentar ele por seis meses exclusivamente no mínimo. Não faz sentido a gente transformar algo que é fisiológico em um tabu” acrescenta Matricardi, já que no Brasil a amamentação em público ainda é tratada como uma polêmica.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação
Evento visa a conscientização sobre a importância do aleitamento

Observação

Apenas quatro em cada dez bebês no mundo são alimentados exclusivamente com o leite materno nos primeiros seis meses de vida, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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