Como o trabalho voluntariado muda a vida das pessoas

Ser voluntário é doar seu trabalho e suas habilidades profissionais para uma comunidade visando o bem-estar social e agregar valores ao ser humano. Conheça histórias de pessoas que dedicam sua vida a cuidar de outras.

Por: Daniel Linares, Giovana Bauman, Jean Ramos, Mariana Santos e Rayeni Emerich

Você já sentiu a emoção de poder ajudar alguém? Ser voluntário é muito mais que oferecer uma parte de seu tempo, é muito mais que olhar para a necessidade do outro. Muitas pessoas escolhem ser voluntárias por alguns dias, ou para uma vida inteira, algumas vivem uma vida agitada de estudo, trabalho, família e mesmo assim conseguem dedicar um pouco do seu tempo para outras pessoas. Já outros escolhem viver apenas disso.

A Declaração Universal do Voluntariado (1948) define voluntariado como: uma escolha e motivação pessoal, livremente assumida, sendo uma forma de estimular a cidadania ativa e o envolvimento comunitário, com a intenção de valorizar o potencial humano, a qualidade de vida e solidariedade.

Inez Escorcio, 50, é voluntária no grupo Alegria do Senhor é nossa força, de Martinópolis eles frequentam lugares como Asilos e Hospitais aos fins de semanas levando para pessoas um dia diferente do que elas estão acostumadas a viver. Segundo Inez, a motivação que eles encontram para continuar mesmo com tantas dificuldades é a alegria e o sorriso das pessoas visitadas. “O que nos motiva é o sorriso de cada um ali, ouvir eles dizendo que foi o melhor dia deles não tem preço”.  Dona Inez relata que existem aqueles pacientes que por medo não aceitam as visitas do grupo. Por dificuldades financeiras às vezes o grupo não consegue montar suas fantasias para recepcionar os desfavórecidos e, fazem arrecadações em jogos de bingo.

Ações como de dona te como objetivos escolaridade, trabalhos na esfera cívica, recreativa e culturais, é ainda uma atividade que vem tomando espaço e muito prestígio social.

“Aprendi que existem pessoas lá fora que necessitam de uma palavra amiga, de um sorriso, de um abraço. Principalmente nos dias de hoje, onde a tanta desunião e preconceito. E que essas pessoas precisam conhecer um pouco do amor de Deus”, conta Larissa Pereira, 17.

A jovem diz que traz uma sensação muito boa ao ver que todo esforço depositado é recompensado com um obrigado ou até um sorriso, o que para a moça vale mais do que mil palavras. “É a melhor coisa, ajudar ao próximo; melhora o meu dia; me deixa com um sorriso no rosto em ver as pessoas que eu ajudei sorrirem também, é gratificante. Então o meu conselho é: Vá e ajude, porque além de você ajudar as pessoas, elas te ajudam a reestruturar a tua alma, teu coração.”

Outro exemplo de voluntário é a Letícia Grigoletto, 20, ela participa do grupo “Operação Alegria”, em Presidente Prudente. Ele consiste em trazer alegria para pessoas que estão internadas em hospitais e seu principal objetivo é falar de Deus em primeiro lugar e depois fazer  brincadeiras com os pacientes.”Não é fácil para quem está doente e internado nos hospitais, muitas vezes sem esperança e abandonados. Quando vamos lá vestidos de doutores mais com um nariz de palhaço levando brincadeiras e alegria, acreditamos que estamos trazendo uma pitada de esperança para cada vida que está lá presente”, conta.

A principal motivação de Letícia é por saber da responsabilidade que isso vai trazer para outra pessoa, saber que o tempo que está ali presente vai fazer diferença e, acima de tudo, levar a palavra de Deus para todas as pessoas. “O que me transmite espiritual e emocionalmente é graticante para minha vida pessoal. Os minutos que passo dentro do quarto, conversando com as pessoas que estão internadas, sabendo da história de vida de cada um, o que aconteceu para estar lá no hospital, os relatos e fatos que eles nos fala, contam muito, pois paro de pensar somente em mim e tenho empatia com a outra pessoa.”

“A maior dificuldade que sinto é tentar não se afetar com as coisas que acontecem nos hospitais, muitas vezes entramos nos quartos em que sabemos que são as últimas horas de vida do paciente, que logo vai desligar as máquinas ou que uma mãe acabou de perder o filho durante o nascimento. Já passei por muitas situação pesadas, e o que tento pensar, é que Deus vai dar o conforto para aquelas pessoas, para os familiares que estão esperando dar a hora do óbito ou a mãe que perdeu o filho. E a maior dificuldade é não deixar isso te afetar, não levar para casa, por que querendo ou não acabamos ficando triste com a situação. E é muito difícil não levar para casa”, relata Leticia. 

Existem diversas formas de atuação para um trabalho voluntário, que variam de presenciais ou a distância, por meio de ações individuais, (médicos, advogados, dentistas); participação de campanhas (doação de sangue, arrecadação de livros, reciclagem); criação de grupos para apoio ou suporte (associação de moradores, grupo de trabalhos com objetivos como o saneamento e saúde, por exemplo); trabalho em organização social com oportunidades em quase todas as áreas de atuação; atuação em projetos públicos com o objetivo de melhoria na cidade (mutirões de limpeza das ruas); atuação em conselhos como os de Pais e mestres de escolas, ou escola da Família, e projetos semelhantes dentro de escolas públicas ou privadas. 

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