O QUE OS UNIVERSITÁRIOS TÊM EM COMUM? AS DIFERENÇAS!

Ser diferente em uma época em que ser igual é o que faz você fazer parte de um grupo, é um desafio. Você já pensou como se sentem os universitários ”diferentões”, que vivem um estilo nada a ver com o curso que escolheu seguir? Descubra aqui!

Por: Aline Dias, Heitor Silva, Laís Caroline, Mariana Menotti e Nataly Gandolfi

Nem tudo O que parece é. Assim é a diversidade de estilos nas faculdades de Presidente Prudente.

Quem nunca julgou o curso de um universitário por meio do seu estilo? Essa é uma prática comum entre as pessoas. Porém, o que muitos não sabem é que esses hábitos podem ser providos de culturas, tradições familiares ou até mesmo por um gosto próprio. Sim, alguns preferem remar contra a maré e continuar com seus costumes mesmo que não “combinem” com seu curso.

Imagine você se deparar com um aluno com jeito despojado, com o corpo tatuado, cabelos longos, barbicha, magro e cheio de acessórios ao lado de outros, com camisetas regata, bíceps definidos e tênis esportivo. Este é o estudante de Educação Física Eduardo Duque. “Todo mundo acha que eu pareço fazer Filosofia, Artes Cênicas, Geografia, menos Educação Física”, afirma.

Para ele, o estilo do seu curso não é como a maioria vê, A Educação Física também é ligada a teatro, recreação infantil e danças. É um curso que tem ligação com a arte “e a maneira de se vestir é uma arte”.

Segundo a psicóloga Adriana Bedin, a personalidade e o estilo começam a se desenvolver a partir da adolescência. “É o momento da 8ª série em que os jovens se identificam com uma determinada tribo”.

Há cursos que são atrelados a estilos musicais, como a Medicina Veterinária, com rimas, pout pourri e “modão”. Os alunos entram na sala de aula como verdadeiros representantes da moda sertaneja. Botas de couro, fivelas, camisa xadrez, boné e chapéu são alguns dos elementos que fazem parte desse look.

Por passar a infância na fazenda do avô e ter contatos com animais Nicolly Bertasso faz Veterinária, porém não segue esse padrão. A aluna do 3° termo usa piercing no nariz, roupas escuras, correntes, cabelos curtos e algumas tatuagens, além de curtir rock. “Eu visto o que me traz conforto, o que tem a ver com minha personalidade. Sou bem eclética com relação a roupas e gosto de sair da zona de conforto”.

Ela ainda diz que várias pessoas a olham diferente, como se para elas fosse estranho não usar calça com fivela. Mesmo assim algumas de suas roupas carregam suas bandas favoritas, como a de rock Foo Fighters.  “A roupa define muito meu caráter e minha personalidade, por isso visto o que acho verdadeiro em mim”.

A psicóloga ainda afirma que esse preconceito relacionado ao estilo é normal, no entanto, os padrões estão em constante transição. “As pessoas estão acostumadas a encontrar um estilo único em um curso, exemplo, uma pessoa que cursa veterinária usa acessórios que remetem ao country, então a diferente causa espanto”.

A estudante de Designer Grafico Ester Nogueira, também não esconde seu estilo em sala de aula. Segundo ela, a maioria dos já formados no seu curso costumam utilizar um estilo basic, o famoso jeans com camisetas básicas,mas seu estilo mesmo são os Looks com chapéus, calças bem rasgadas e camisetas masculinas.” Eu sempre tive o meu próprio estilo, desde a escola. Sempre gostei de dar umas customizadas em minhas próprias roupas”.

O sociólogo Vinicius Sartorato acredita que o ambiente de sociabilidade, influencia bastante sobre o posicionamento de alguém na sociedade seja na formação educacional, costumes e até a moda. “A sociedade de forma imperceptível tem uma influência maior sobre o indivíduo só do que

o indivíduo sobre a sociedade, uma vez que quando nos  desenvolvemos até a fase adulta você é incorporado a um sistema de códigos sociais que vão de linguagens, leis, costumes e etc “

O importante disso tudo é saber que independentemente da forma que você se veste, o que realmente vale é se sentir bem consigo mesmo para que possa exercer a profissão que escolheu da melhor maneira possível.

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